Nas últimas décadas a medicina passou a entender melhor a anatomia e a função dos meniscos, gerando uma mudança radical no tratamento empregado nas lesões dessas estruturas. Nas décadas de 80-90 a lesão meniscal muitas vezes levava a um tratamento cirúrgico com retirada completa do menisco machucado. Milhares de jogadores amadores e profissionais foram submetidos a esse tipo de resseção no passado. Inicialmente esses paciente evoluíam muito bem, retornando ao esporte de forma relativamente rápida, porém alguns anos depois o joelho rapidamente começava a apresentar sinais precoces de desgaste. Através de acompanhamentos desses casos e com a continuação de estudos biomecânicos foi-se descobrindo a importância dos meniscos e investindo cada vez mais em soluções para as lesões dos mesmos. Atualmente o reparo ou sutura dos meniscos tornou-se opção frequente (inicialmente quase obrigatória) no arsenal do cirurgião de joelho visando a sua preservação. Dentre as diversas técnicas descritas podemos citar:
INSIDE-OUT (de dentro para fora)
OUTSIDE-IN (de for a para dentro)
ALL-INSIDE (toda dentro)
Cada uma possui material específico e encontra-se melhor indicada para determinadas regiões do menisco. Os meniscos são didaticamente divididos segundo as regiões: corno anterior, corpo e corno posterior. Dependendo do tipo de lesão e da sua localização, o cirurgião escolherá o dispositivo e a técnica mais adequada.
De uma forma geral pode se dizer que as suturas com cânula e agulha “inside-out”, ou de dentro para fora, apresentam melhores indicações nas lesões de corpo e corno posterior. Já a técnica “ouside-in” com agulhas e fio de transporte (extremamente simples) encontra boa indicações em alguns tipos de lesão em corno anterior e corpo meniscal. Por fim, as suturas “all-inside”, ou toda dentro, são em indicadas em lesões de corno posterior e corpo.
INSIDE-OUT (de dentro para fora)
OUTSIDE-IN (de for a para dentro)
ALL-INSIDE (toda dentro)