A dor anterior no joelho (na frente) configura uma das principais causas de consultas ortopédicas no mundo. A síndrome da dor patelofemoral (SDP) se apresenta como um dos principais diagnósticos desse tipo de queixa, encontrada em cerca de 6% das pessoas em um estudo norte-americano (1).
Um consenso de pesquisadores de múltiplas nacionalidades definiu em 2016 a SDP como uma condição caracterizada por dor na região ao redor da patela associada a pelo menos uma das atividades: agachamento, uso de escadas, corrida ou saltos. Frequentemente também é acompanhada por crepitações e estalos, dor a palpação nos lados da patela, pequeno edema e dor ao sentar ou levantar de cadeira. A dor frequentemente possui curta duração, cursando com melhora após interrupção da atividade relacionada.
TABELA Fatores de Risco:
– Atividades como corrida, agachamento, subida/descida de escadas
– Valgo dinâmico
– Sexo feminino
– Condições dos pés como Eversão do retro pé e pronação excessiva do pé
– Sobrecarga ou aumento excessivo de atividade
– Instabilidade patelar
– Fraqueza de quadríceps
O diagnóstico da síndrome da dor patelofemoral é clínico, baseado na avaliação da história do paciente e do exame físico, porém exames de imagem são bastante úteis para excluir outras condições.
A condropatia patelar (ou condromalácea), frequentemente tratada como sinônimo da síndrome da dor patelofemoral, se refere a lesões por amolecimento ou perda da cartilagem patelar.
O tratamento da SDP é classicamente conservador (não cirúrgico) e envolve fisioterapia, fortalecimento muscular, mudança temporária das atividades praticadas (se possível sem parar completamente), analgésicos e compressas frias.